José Mourinho voltou a criticar a postura dos jovens jogadores da atualidade. Em entrevista à revista 'France Football', o técnico do Manchester United falou das diferenças entre o futebol de agora e o que encontrou quando chegou ao Chelsea em 2005.

"Tive de me adaptar a um novo mundo, ao que os jovens jogadores são agora. Tive de compreender a diferença entre trabalhar com um rapaz, como Frank Lampard que, aos 23 anos, já era um homem - preocupado com futebol, trabalho e em ser profissional - e os rapazes de agora que, aos 23 anos, são crianças. Hoje chamo-lhes 'rapazes' e não 'homens' porque penso que são pirralhos e que tudo o que os rodeia não os ajuda na vida deles nem ao trabalho que tenho de fazer", acusou.

Foram demasiadas mudanças em tão curto espaço de tempo que obrigou o técnico português a adaptar-se. O facto de ter dois filhos adolescentes ajudaram o Special One a perceber melhor os jovens jogadores da atualidade.

"Tive de me adaptar a isso. Há dez anos, nenhum jogador tinha o telemóvel no balneário. Agora não é assim. Mas temos de alinhar com isso, pois se resistirmos vamos provocar conflitos e ficar na idade da pedra. Caso se impeça um jogador de fazer algo, mesmo que seja uma coisa estúpida nas redes sociais, estamos a ir contra a natureza. Admito que ter um filho e uma filha nesta faixa etária me tem ajudado a compreender a forma como eles funcionam e como o Mundo é atualmente", comentou o técnico, explicando o trabalho que teve ede fazer a seguir.

"Medi, do ponto de vista metodológico, a natureza da mudança. E, como resultado, trabalhei com meus assistentes para melhorar, modificar e adaptar o nosso trabalho. A tecnologia deu-nos ferramentas - assim como a modernidade e a ciência -, mas sob o ponto de vista da liderança, a chave de tudo é compreender as pessoas com as quais trabalhamos", concluiu.