A equipa do Benfica foi este sábado goleada pelo Arsenal por 5-1 em jogo a contar para a Emirates Cup. A formação inglesa explorou as fragilidades defensivas da equipa da Luz para construir um volumoso resultado e acentuar as dúvidas em torno do potencial deste Benfica para a próxima época.

Soou o alarme vermelho para as bandas da Luz. A pouco mais de uma semana de discutir o primeiro título oficial da época, a formação do Benfica acusou a sangria desenfreada do plantel da época passada e quase serviu de alvo estático no campo de tiro dos "gunners". Frente ao Arsenal de Arsène Wenger, o conjunto português demostrou que está num patamar a anos-luz do futebol praticado nas última temporadas e que dificilmente terá argumentos para superar a fase de grupos da próxima Liga dos Campeões.

O Benfica até entrou melhor com uma bola na barra logo aos 10 minutos, numa grande jogada iniciada por Maxi Pereira e finalizada com estrondo por Nico Gaitán. No entanto, a ousadia encarnada foi rapidamente penalizada pela superioridade inglesa que aos 25 minutos abriu a contagem num ataque rápido na direita conduzido por Ramsey, que assistiu para o desvio fácil de Sanogo.

Aos 39 minutos, o Arsenal voltava a violar a baliza encarnada com um remate de primeira de Joel Campbell. O resultado até penalizava o bom início do Benfica, mas dada a superioridade técnica dos jogadores do Arsenal, perante a frágil defesa encarnada, foi sem surpresa que Sanogo selava um "hat-trick" antes do intervalo. O resultado ao intervalo registava um estrondoso 4-0 e as dúvidas em relação a este Benfica cresciam conforme aumentava o marcador.

No arranque do segundo tempo, Jorge Jesus não operou nenhuma substituição e os aspectos negativos da primeira parte continuaram no relvado londrino, especialmente quando aos 48 minutos Sanogo apontou o seu quarto golo do jogo perante a permeabilidade da baliza defendida por Artur.

Perante a construção de um cenário de escândalo, Jorge Jesus viu-se obrigado a fazer substituições, e foram patentes as dificuldades do técnico encarnado em refrescar a equipa quando tirou Talisca, Ola John e Salvio para colocar Candeias, André Almeida e Bebé.

O Arsenal foi tirando o pé do acelerador, e o Benfica aproveitou para reduzir o volumoso resultado por intermédio de Gaitán, que de cabeça reduziu aos 61 minutos. Até ao final, a intensidade das duas equipas decaiu e o marcador ficou estagnado nos 5-1.

Com este resultado, o Arsenal somou cinco pontos na Emirates Cup e colocou a descoberto as dificuldades de "liquidez" de investimento do Benfica.