O treinador do Sporting, Rúben Amorim realizou, este sábado, a antevisão ao encontro da 20.ª jornada frente ao Vitória SC, a realizar-se no domingo, às 20h30, no Estádio José Alvalade.

Receção dos adeptos: "Ficamos muito felizes. Era difícil explicar aos adeptos que ainda não acabou e que teremos tempo de fazer a festa quando a tivermos de fazer. Mas é difícil controlar. Os adeptos estão muito confiantes e quiseram mostrar esse carinho. Da última vez estávamos com o problema da Covid. É uma sensação diferente, mas eles também sabem que há muito para fazer. Quiseram mostrar o carinho e ficámos felizes por isso."

O Vitória SC: "O Vitória foi a última equipa que nos ganhou, não a que nos tirou pontos. Sabemos o que representa aquela equipa, juntou-se também um excelente treinador que retira muito da equipa, têm feito excelentes resultados. Estamos preparados. Se o Vitória tem objetivos, nós também temos. Jogamos em casa, vamos ter o público do nosso lado. Temos algumas dúvidas de como o Vitória se poderá apresentar. Estamos preparados. Sabemos que a ansiedade vai estar lá, mas vamos ter o estádio cheio e os jogadores vão entrar com vontade de vencer o jogo".

Lesão de Catamo "O Geny já treinou e é opção para amanhã. Temos o Fresneda também que tem estado a recuperar. Teríamos outras soluções, mas essas são as mais naturais".

Sente o grupo ansioso? "Em relação à ansiedade tenho um grupo muito calmo. É uma ansiedade boa, temos ainda de ganhar jogos e temos sabido controlar a ansiedade e manter a nossa qualidade de jogo. É uma ansiedade boa porque também é importante tê-la, se não houvesse essa ansiedade era sinal que estávamos a pensar muito mais à frente. Estaremos preparados para mais um dia de ansiedade".

Último treinador com a dobradinha foi o Boloni. Sente que está a um passo de fazer história? "Sinto que estamos todos perto de fazer algo especial num clube que não costumava ganhar tantos campeonatos, está perto mas ainda não está feito. O grupo, o staff e a estrutura têm de saber que estamos a tentar mudar um paradigma e que é importante no futuro que queremos para o clube. Diria que temos noção daquilo que estamos perto de fazer".

Tinha dito que era importante 'matar' a esperança do adversário, se fosse Schmidt, sentia-se sem esperança? Costuma fazer as vontades ao seu filho, que lhe pede o título e para ficar? Como está Adán? "Matheus Reis e Adán não estão aptos para este jogo. Em relação aos pedidos, nós, como pais, sabemos que mais importante do que dizer que sim aos filhos, é dizer-lhes que não. Isto não tem nada a ver, mas acho que tem de haver um equilíbrio. Quanto a Schmidt, isso depende das pessoas. O importante é que, pela minha experiência, quanto mais as semanas passam, e não é só o resultado, é a forma como a equipa joga, mais podemos tirar a esperança ao adversário. Acho que isso torna tudo mais difícil para eles, digo isto porque já o vivi. Nada está feito, basta um pequeno percalço que tudo muda. Queremos ganhar o nosso jogo e ficarmos descansados".

Pote e Edwards vão ser poupados por estarem em risco de suspensão e o próximo jogo é com o FC Porto. A equipa ainda acredita que pode perder o título? "Não vai haver gestão, já temos na cabeça o número de pontos que precisamos para sermos campeões. A melhor equipa vai jogar. Todos os jogos valem 3 pontos. O que tiver de ser relativamente aos amarelos, pensaremos depois. Mudei o discurso e todos os dias digo aos jogadores que ainda podemos perder este campeonato. O trabalho do treinador é perceber o contexto e tentar direcionar para onde queremos que os jogadores pensem. Sempre acreditámos que podíamos ganhar, eu sempre acreditei, mas digo aos jogadores que podemos perder, para deixar sempre aquele nervosismo e percebermos que tudo é possível no futebol. Vamos ficar convencidos disso quando estivermos no último minuto do jogo, se calhar a precisar só de um empate. Até lá tudo pode acontecer".

Ainda não perderam em Alvalade, a força vem das bancadas? "O que foi preparado é tentarmos atingir os objetivos e ganhar os jogos todos, em todo o lado é preciso ganhar em casa. Acho que o nosso público este ano ajudou-nos muito em momentos muito difíceis, em outros anos era difícil lidar com um golo sofrido ou uma oportunidade do adversário. Este ano, Alvalade foi muito forte e ajudou-nos. Quando há um jogo em Alvalade, o ambiente, o barulho, a forma como nos apoiam, a forma como vamos buscar a bola quando sofremos um golo e está toda a gente a bater palmas... É um ambiente muito positivo, diria que é o 12.º jogador".

Comparação entre a primeira vez que foi campeão  e o campeonato deste ano. Qual o mais especial? "Eu não vou responder diretamente porque não me sinto confortável em falar de algo que não está garantido. O que poderei dizer no fim é que certamente será diferente, mas acho que aí explicarei o sentimento e o que acho de cada um dos títulos. Claramente ainda podemos perder este campeonato e, para isso, temos de vencer o Vitória SC amanhã".

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